Desaprendendo a confiar, por Alfredo Behrens
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Eu concluía uma apresentação sobre as dinâmicas de confiança intercultural, quando uma mão se levantou no fundo e a pessoa perguntou: " Como podemos identificar em quem confiar em diferentes culturas?"
No ato a minha resposta foi teórica demais, e senti que foi insatisfatória. Refletindo sobre o evento percebi que devia ter ilustrado com a minha própria dificuldade quando aluno em Cambridge, quando tive dois supervisores de tese. Um era um indiano de origem tâmil e outro um caucasiano branco inglês.
Poderia se dizer que, pela minha educação, eu teria menos dificuldades em compreender o inglês do que o tâmil. Longe disso. O tâmil era um economista de orientação matemática, alucinado mas muito caloroso, expressivo, gesticulava quando falava, nunca d...